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Palestra sobre educação para a literacia leva escolas ao Auditório Rio Lima

29 Setembro 2016
Mais de 200 alunos das escolas EB 2/3 de António Feijó e da Escola Secundária de Ponte de Lima deslocaram-se, no dia 22 de setembro, ao Auditório Rio Lima para assistir a uma palestra, organizada pelo Município de Ponte de Lima, subordinada...
Mais de 200 alunos das escolas EB 2/3 de António Feijó e da Escola Secundária de Ponte de Lima deslocaram-se, no dia 22 de setembro, ao Auditório Rio Lima para assistir a uma palestra, organizada pelo Município de Ponte de Lima, subordinada ao tema "Educação para a literacia no século XXI: práticas e desafios", orientada por Fernando Fraga de Azevedo, docente do Instituto de Educação da Universidade do Minho.

Inserida nas comemorações dos 50 anos do Dia Internacional da Literacia e no programa do 23.º aniversário da Biblioteca Municipal de Ponte de Lima, a comunicação assentou na descodificação da literacia enquanto conceito multimodal e polifacetado - que se estende para lá da capacidade de ler e de escrever - no sentido em que permite ao indivíduo uma análise reflexiva, crítica, inter-relacional e interpretativa do mundo que o rodeia, condição essencial para o exercício consciente de cidadania. Perante uma audiência atenta e participativa, o conferencista descreveu as exigências decorrentes de uma sociedade profusamente digital e apelou para a necessidade de se entender as novas gerações de estudantes como "sujeitos críticos, resolvedores de problemas" e não como meros recetáculos de informações a reter por memorização. Para Fernando Fraga de Azevedo, os desafios da educação prendem-se com a adoção de modelos coletivos e colaborativos que permitam a preparação dos alunos para as literacias múltiplas, através da construção de novas aprendizagens, do alargamento das competências enciclopédicas, do desenvolvimento do pensamento crítico e da criação de uma comunidade estudantil mais autónoma, capaz de encetar pesquisas, de recolher informações pertinentes e de criar conteúdos bem fundamentados.

Sabendo que a capacidade de refletir sobre materiais escritos diversos em diferentes contextos é fundamental para a formação de uma sociedade mais esclarecida, o docente da Universidade do Minho defendeu ainda o alinhamento de estratégias para públicos fora do ambiente escolar, que passam pela aposta na aprendizagem ao longo da vida, na promoção de comunidades leitoras e de clubes de leitura, entre outras medidas que visem construção de cidadãos mais inclusivos, qualificados e preparados para os desafios atuais e futuros.